Vendas online crescem mais de 100% no Brasil — o que esperar daqui para frente?

Estamos passando por um período de grande revolução, que para muitos representa oportunidades. Os empreendedores que souberem aproveitar esse momento sairão na frente. Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, tivemos uma transformação digital nos mais diversos setores, incluindo o varejo. Com uma mudança no perfil do consumidor, as empresas precisaram readaptar seus processos para atender uma nova demanda.

Marcio Kumruian, fundador e CEO da Netshoes, acompanhou esse movimento de perto. “Neste momento, sobrevivência nada mais é do que se adaptar a esse ambiente”, ressaltou o empreendedor durante o StartSe ao vivo, transmitido nesta terça-feira (19). O executivo acredita que diversas profissões serão ampliadas ou até mesmo criadas durante esse período, com grande foco no digital.

Nas últimas semanas, a vendas no e-commerce dispararam. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e pelo Movimento Compre&Confie, as vendas pela internet de algumas categorias mais que dobraram seu crescimento no Brasil, como Saúde (111%). Beleza e perfumaria e Supermercados registraram altas de 83% e 80% no faturamento, respectivamente. A pesquisa comparou as vendas realizadas em fevereiro e março de 2020 com o mesmo período do ano anterior.

Kumruian percebeu um movimento semelhante na Netshoes. “Estamos desde 2000 ‘evangelizando’ as pessoas a comprarem no online. Pela primeira vez, em cinco anos, nosso número de clientes novos ultrapassou o número de clientes antigos da plataforma”, ressaltou.

 

A primeira grande onda de consumo?

É difícil prever com certeza como será o futuro pós-pandemia. Segundo Marcio, neste exato momento estamos vivemos uma desaceleração do consumo em diversos segmentos — ao mesmo tempo, uma migração de pessoas, funcionários e negócios para o online. “Como o e-commerce está vendendo mais, as empresas estão precisando se estruturar. Um exemplo disso são as novas contratações de grandes companhias como Amazon e Alibaba”, ressaltou o empreendedor.

Marcio ainda acredita que, no futuro, os espaços poderão se transformar. “Por conta do vírus, locais pequenos podem se tornar grandes centros de distribuição e delivery, por exemplo, enquanto os espaços maiores continuam com a convivência”, explicou.

Os empreendedores também devem estar atentos e se preparar para a retomada no que chamamos de primeira grande onda de consumo, com um pico de demanda curto, porém intenso, no comércio em geral depois da quarentena. “Acredito que os setores estão sendo redescobertos com essa pandemia. No caso do varejo, o importante é sempre lembrar que o cliente está no centro de tudo. Temos que fazer o básico bem feito — entregando no prazo e atendendo muito bem o consumidor para que as compras possam se tornar recorrentes”, ressaltou Marcio.

Fonte: Isabella Carvalho (startse.com)

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